O auroque foi extinto no século XVII, e há chances de que ele volte a existir.

<div data-attrid="description" data-hveid="CBoQAQ" data-ved="2ahUKEwjopK63_KmKAxXEDLkGHUn1MWMQziAoAHoECBoQAQ">O auroque é uma espécie de animal bovino selvagem que habitou a Europa, Ásia e norte da África e que foi extinto em 1627. Ele é considerado o ancestral direto do gado doméstico.</div>Portanto, saber mais sobre ele é entender melhor o surgimento do gado, um tipo de animal que foi fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Mas pesquisas mostram que ainda há muito o que se aprender sobre o auroque.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/101600-vaca-gigante-e-extinta-esta-prestes-a-voltar-a-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vaca gigante e extinta está prestes a voltar à vida</a></li></ul><h2 data-ved="2ahUKEwjopK63_KmKAxXEDLkGHUn1MWMQyxMoAHoECCMQAQ">A história do auroque</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15112909636009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O auroque era um animal selvagem enorme e agressivo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para compreendermos a evolução do gado, é necessário investigar a história do auroque, seu ancestral selvagem maior, mais feroz e já extinto. Um novo estudo de genomas de auroques antigos publicado no periódico Nature lançou luz sobre os profundos laços globais que unem este animal ao gado doméstico.Os touros auroques possuíam chifres curvos característicos e podiam pesar até 700 kg. Relatos históricos descrevem esses animais como muito perigosos, já que eram agressivos, velozes e fortes, além de, aparentemente, não terem medo de nada.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124736-5-projetos-ambiciosos-para-ressuscitar-animais-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 projetos ambiciosos para ressuscitar animais extintos</a> &nbsp;</li></ul>Eles não eram apenas grandes, mas também foram muito bem-sucedidos como espécie, segundo o estudo, já que se espalharam pela Europa, Ásia e Norte da África, da Espanha e Marrocos à Índia e Coreia.Os pesquisadores rastrearam em seu estudo 38 genomas de restos pré-históricos de auroques, que datam de cerca de 20 mil anos, durante a última Era Glacial da Terra. De acordo com Mikkel Sinding, pesquisador no departamento de biologia da Universidade de Copenhague, as descobertas mostram "uma história super complexa em que temos várias camadas de gado selvagem ao longo do tempo na Europa". Isso ocorria conforme as populações de auroques mudavam com mudanças em seu ambiente e, mais tarde, devido a suas interações com os seres humanos.Durante o Último Máximo Glacial, período geológico em que as camadas de gelo atingiram a maior extensão, a diversidade genética em auroques europeus se reduziu drasticamente. Isso fez com a população desse animal diminuísse muito, já que eles perderam seu habitat.&nbsp;Genomas mais recentes de auroques europeus mostram ancestralidade de várias populações de auroques asiáticos – o que sugere que, à medida que as condições ambientais para os auroques melhoraram novamente com o aquecimento das temperaturas, eles se moveram para outras regiões.<h2>A domesticação dos auroques</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15114119220011.jpg" alt="x"><figcaption>Os auroques foram criados em cativeiros pelos humanos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cerca de 10.000 anos atrás, os seres humanos os domesticaram, o que impactou novamente a sua variedade genética. De acordo com Benjamin Arbuckle, arqueólogo e professor de antropologia da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, restos de auroques podem ser encontrados em comunidades agrícolas do Neolítico antigo da região do Crescente Fértil do Sudoeste da Ásia. Só que, por volta de 8.000 a.C., "esses restos ficam cada vez menores", afirma Arbuckle. Nessa época, provavelmente os humanos estavam criando seletivamente os animais em cativeiro.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 espécies de animais estranhos que estão ameaçadas de extinção</a></li></ul>Essa domesticação pode ter servido a vários propósitos, sugere Arbuckle. "Eles são poderosos, são trabalhadores, são produtores de leite. E são visualmente impressionantes e simbolicamente importantes, com seus grandes chifres, seus grandes corpos e suas peles coloridas interessantes", acrescenta.&nbsp;Com o avançar do tempo, o gado foi se tornando cada vez mais importante para as populações humanas. A análise recente do DNA do auroque mostra que os primeiros pastores de gado também provavelmente cruzavam o seu rebanho com auroques selvagens onde quer que os encontrassem.<h2>A extinção dos auroques</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15114054382010.jpg" alt="x"><figcaption>As descobertas sobre o DNA dos auroques pode trazê-los de volta à vida. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Estima-se que o último auroque conhecido morreu em 1627 na Polônia. Mesmo depois de desaparecer, esse gado se consolidou como culturalmente significativo, tanto que foi agregado ao folclore e a expressões idiomáticas em vários países.Uma curiosidade é que, nos últimos anos, o auroque tem sido descrito como um provável candidato à “desextinção” por meio da reprodução seletiva. Assim, entender melhor a genética desse gado é um meio de chegar a esse resultado. No entanto, os pesquisadores ainda se questionam se ele realmente não existe mais. "O gado doméstico de hoje é auroque, basicamente, mas no mesmo grau que um poodle é um lobo", conclui Sinding.

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A fascinante história do auroque, o ancestral do gado doméstico

De acordo com pesquisadores, últimos mamutes-lanosos teriam sobrevivido em ilha da Sibéria até 1650 a.C.

Quem diria que os mamutes-lanosos, aqueles gigantes peludos da pré-história, ainda estavam caminhando pela Terra enquanto os egípcios construíam as pirâmides? Pois é! Embora a maioria tenha desaparecido por volta de 10 mil anos atrás, pequenos grupos sobreviveram em locais isolados, como a Ilha de Wrangel, na Sibéria. Ali, esses últimos sobreviventes resistiram bravamente até cerca de 1650 a.C. — época em que já existiam hieróglifos, Stonehenge estava em construção e a agricultura florescia na Europa.A pergunta que intriga cientistas há décadas é: o que, afinal, levou os mamutes ao fim definitivo? Por muito tempo, acreditou-se que a consanguinidade, ou seja, a reprodução entre parentes próximos, os teria condenado.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mamutes-foram-extintos-pelos-humanos-e-nao-pelo-fim-da-era-do-gelo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mamutes foram extintos pelos humanos e não pelo fim da Era do Gelo</a></li></ul>Mas pesquisas recentes sugerem que um evento repentino pode ter dado o golpe final. Sob o permafrost da tundra congelada, novos indícios continuam surgindo, alimentando o mistério e nos aproximando da verdade sobre a extinção desses colossos.<h2>Por que os mamutes-lanosos foram extintos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09092857409034.jpg" alt="Parentes próximos dos elefantes asiáticos, os mamutes podiam atingir até 3,6 metros de altura e pesar incríveis 8 toneladas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Parentes próximos dos elefantes asiáticos, os mamutes podiam atingir até 3,6 metros de altura e pesar incríveis 8 toneladas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os mamutes-lanosos surgiram há cerca de 300 mil anos na Sibéria e, com o tempo, se espalharam pela Europa, América do Norte e as vastas estepes da Ásia. Parentes próximos dos elefantes asiáticos, esses mamutes podiam medir até 3,6 metros de altura e pesar impressionantes oito toneladas. Seus longos e icônicos chifres curvados alcançavam até 4,5 metros.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107552-10-curiosidades-cabeludas-sobre-os-mamutes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 curiosidades cabeludas sobre os mamutes</a></li></ul>Eles viveram em ambientes frios e áridos, conhecidos como estepes-tundra, junto com outros animais da Era do Gelo, como tigres-dente-de-sabre e lobos-gigantes. E sim, os humanos também estavam por lá, competindo com os mamutes e, eventualmente, caçando-os por carne e ossos. Apesar disso, a caça não foi o único fator na extinção desses animais. A mudança climática ao final da última Era do Gelo alterou drasticamente a vegetação, e os mamutes não conseguiram se adaptar à nova realidade.Mesmo assim, alguns grupos sobreviveram em refúgios isolados, como a Ilha de Wrangel. Acredita-se que esses mamutes chegaram lá caminhando por pontes de gelo durante os períodos glaciais. Quando o gelo derreteu, eles ficaram presos na ilha, onde prosperaram por milhares de anos. Sem predadores por perto, eles se multiplicaram, mas também enfrentaram desafios, como doenças e uma diversidade genética limitada.<h2>O fim dos últimos mamutes na Ilha de Wrangel</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09093146745039.jpg" alt="Cientistas estão explorando a possibilidade de recriar os mamutes por meio de engenharia genética. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Cientistas estão explorando a possibilidade de recriar os mamutes por meio de engenharia genética. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Então, o que realmente aconteceu com os últimos mamutes dessa ilha? De acordo com o geneticista Love Dalén, um evento catastrófico pode ter sido o responsável pelo fim definitivo desses gigantes. Pode ter sido um incêndio, uma erupção vulcânica ou até uma gripe trazida por aves migratórias. “Ainda não conseguimos fechar o caso, mas sabemos que não foi apenas a genética que os condenou”, explicou Dalén ao The New York Times em 2024.<ul><li>Conheça sobre:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128089-mandibula-de-mamute-gigante-de-10-mil-anos-e-descoberta-por-cacador-de-fosseis-na-florida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mandíbula de mamute gigante de 10 mil anos é descoberta por caçador de fósseis na Flórida</a></li></ul>Outra hipótese intrigante vem de Laura Arppe, do Museu Finlandês de História Natural. Segundo ela, um evento climático abrupto, como chuvas intensas ou nevascas fora do comum, pode ter coberto a ilha de gelo, eliminando a vegetação necessária para a sobrevivência dos mamutes. “Eles desapareceram de repente, como se tivessem batido numa parede”, disse Arppe à Newsweek.Pesquisadores agora estão explorando a ideia de "desextinção" — trazer os mamutes de volta por meio de engenharia genética. Empresas como a Colossal Biosciences estão trabalhando para criar elefantes resistentes ao frio, com características dos antigos mamutes. Além da curiosidade científica, a reintrodução desses animais poderia ajudar a restaurar ecossistemas perdidos e até combater as mudanças climáticas.

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Quando os mamutes foram realmente extintos?

Já se perguntou por que seu cachorro adora dar lambidas? Pode ser mais do que simples afeto!

Quem nunca foi surpreendido por um beijo canino inesperado? Você está lá, relaxando, quando de repente, seu cachorro pula e começa a te lamber — no rosto, nas mãos ou até nos pés. Se você está se perguntando por que eles fazem isso, você não está sozinho.Embora pareça ser só uma demonstração de carinho, as lambidas caninas podem significar várias coisas, dependendo do contexto.<h2>Lambidas de saudação e vínculo social</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09133209377144.jpg" alt="Lamber pode ser uma maneira do cão dizer "><figcaption>Lamber pode ser uma maneira do cão dizer "oi". (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Vamos começar pelo óbvio: quando o cachorro se aproxima com aquela animação toda, todo saltitante, a lambida provavelmente é uma forma de saudação. Como os cães são super sociais, eles adoram interagir com seus donos.Imagine que o cachorro te vê após um longo dia de trabalho ou uma saída rápida para o mercado — a animação dele ao te ver demonstra claramente que estava com saudades e ficou feliz com o seu retorno. Afinal, os cães usam a língua como um tipo de comunicação. Então, eles podem estar dizendo "Oi, olá, tudo bem?" de uma forma bem animada.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-expressoes-faciais-caninas-e-seus-significados" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 expressões faciais caninas e seus significados</a></li></ul>Além disso, essa também pode ser uma forma de estreitar os laços sociais com você, pois entre os cães a lambida pode servir para reforçar a relação de matilha, e eles costumam lamber aqueles com quem têm familiaridade. Então, se o seu cachorro te lambe constantemente, é um sinal claro de que ele te vê como parte de seu círculo social e quer te manter por perto.<h2>Lambidas para acalmar e como sinal de estresse</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09133453314145.jpg" alt="Lamber também pode ser um sinal de estresse. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Lamber também pode ser um sinal de estresse. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, nem toda lambida é uma fofura. Você já percebeu que, às vezes, o seu cachorro pode te lamber em momentos que não são exatamente de carinho? Pode ser que, nesse caso, ele esteja tentando te dizer que quer um pouco de espaço.Quando o cachorro exibe sinais de estresse — como corpo rígido, virar a cabeça ou até tentar se distanciar — uma lambida pode ser uma tentativa de afastar o que está incomodando, como alguém tentando forçar uma interação.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/seu-cachorro-pode-sentir-o-seu-estresse-sugere-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Seu cachorro pode sentir o seu estresse, sugere estudo</a></li></ul>Os cães lambem para aliviar o estresse, como fazem ao lamber feridas ou suas próprias patas quando estão nervosos. Esse comportamento libera substâncias como a oxitocina, que traz sensação de bem-estar. No entanto, é importante ficar atento se o cachorro estiver lambendo o tempo todo, pois pode ser sinal de ansiedade ou desconforto.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/voce-sabe-por-que-seu-cachorro-te-lambe-o-tempo-todo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você sabe por que seu cachorro te lambe o tempo todo?</a></li></ul>Por fim, as lambidas também podem ser uma forma de curiosidade ou até uma maneira de pedir algo. Alguns especialistas apontam que esse comportamento remete aos ancestrais selvagens dos cães, como os lobos, que lambiam a mãe para pedir comida.Então, se você chega em casa e seu cachorro começa a te lamber com vontade, talvez ele só esteja tentando saber o que você trouxe para o jantar.

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Por que os cães lambem? Descubra o significado por trás dos beijos caninos

Considerado um molde de ovo por muitos anos, investigadores do Museu de Ciências de Buffalo reexaminaram ovo de pássaro-elefante e confirmaram sua veracidade. 

Quando a gente pensa em ovo gigante, logo vem à cabeça o famoso ovo de avestruz, certo? &nbsp;O que pouca gente sabe é que no passado existiu uma ave tão gigante quanto — ou até maior —, que botava ovos impressionantes!Para ter uma ideia do tamanho, o maior ovo já registrado de avestruz chegou a pesar 2,5 kg, o equivalente a um gato de porte médio. Mas, se você achou esse número chocante, espere até ouvir sobre o verdadeiro campeão nesse quesito.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128938-ovo-de-1-700-anos-ainda-possui-liquido-em-seu-interior-aponta-analise.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ovo de 1.700 anos ainda possui líquido em seu interior, aponta análise</a></li></ul>Um ovo de pássaro-elefante, pertencente a uma família de aves pré-histórica chamada Aepyornis maximus, era tão grande que até um museu de ciência chegou a pensar que fosse falso. A descoberta foi feita no Museu de Ciências de Buffalo em 2018, após anos de confusão. O ovo tinha sido classificado como uma réplica, mas, ao ser reexaminado, foi confirmado como genuíno.&nbsp;<h2>O maior ovo da história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09163759813240.jpg" alt="Os ovos de um avestruz e de um pássaro-elefante (à esquerda) contrastam com um minúsculo ovo de beija-flor, do tamanho de uma bala de goma. (Fonte:Frans Lanting/Nat Geo Image Collection)"><figcaption>Os ovos de um avestruz e de um pássaro-elefante (à esquerda) contrastam com um minúsculo ovo de beija-flor, do tamanho de uma bala de goma. (Fonte: Frans Lanting/Nat Geo Image Collection)</figcaption></figure></figure>Para entender a grandiosidade desse ovo, é preciso voltar no tempo e conhecer o Aepyornis maximus, o pássaro-elefante. Essa ave gigante, que habitou a ilha de Madagascar até sua extinção há cerca de 1.000 anos, botava ovos do tamanho de uma lata de tinta. Esses ovos podiam medir até 33 cm de comprimento e carregar até 8,5 litros de líquido, segundo o&nbsp;Guinness Book of World Records.&nbsp;Dada sua imensidão, os ovos desses pássaros não passavam despercebidos. A combinação de seu tamanho e a "facilidade" de acesso aos humanos fez com que eles se tornassem um prato de caçador. Com a caça intensa e a destruição do habitat natural, o Aepyornis acabou sucumbindo à extinção. Mas, como se não fosse o suficiente, o tamanho absurdo dos ovos de elefante também foi uma das razões para o fim dessa espécie.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128913-por-que-os-passaros-cantam-antes-do-sol-nascer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os pássaros cantam antes do sol nascer?</a></li></ul>Evidências arqueológicas mostram que seres humanos pré-históricos já estavam colhendo esses ovos e quebrando suas cascas para fazer refeições. Além disso, como os ovos dos Aepyornis eram imensos, uma única posta poderia alimentar várias pessoas, tornando a caça ainda mais tentadora. Mas não foi só a caça que levou à extinção: a alteração do ambiente e a chegada de outros predadores também ajudaram a selar o destino do pássaro.<h2>A redescoberta do ovo gigante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09165130792245.jpg" alt="Especialista compara um ovo de galinha com o ovo fossilizado de passáro-elefante posto no século 17 (Fonte: REUTERS/Suzanne Plunkett) "><figcaption>Especialista compara um ovo de galinha com o ovo fossilizado de pássaro-elefante posto no século 17 (Fonte: REUTERS/Suzanne Plunkett)</figcaption></figure></figure>Quando o Museu de Ciências de Buffalo redescobriu o ovo de pássaro-elefante em sua coleção, a reação dos cientistas foi de surpresa. O ovo tinha sido considerado uma réplica por tanto tempo que ninguém imaginava que fosse real. "Objetos perdidos, escondidos ou mal identificados não são incomuns em museus com coleções centenárias", afirmou Kathryn Leacock, diretora de Coleções do museu. "Estamos muito empolgados por redescobrir esse ovo raro."&nbsp;Ao ser reavaliado, o ovo foi confirmado como genuíno, provando que a natureza, mesmo há milênios, ainda pode nos surpreender com suas criações gigantescas.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128837-cuvier-s-rail-a-ave-que-escapou-da-extincao-evoluindo-duas-vezes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Cuvier's rail': a ave que escapou da extinção evoluindo duas vezes</a></li></ul>Hoje, este ovo é um símbolo de um passado distante, mas também serve como alerta sobre o impacto das ações humanas na fauna. O Aepyornis, com seus ovos enormes e sua aparição imponente, pode até ter desaparecido, mas sua história ainda deixa uma marca e a uma grande questão: imagina a quantidade de omelete que daria para fazer com um ovo desses!?

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Pesquisadores encontram ovo raro após presumi-lo como falso

Segundo a tradição chinesa, a lagarta de uma mariposa caiu da amoreira dentro da xícara de chá da imperatriz Leizu, revelando o fio de seda de seu casulo.

Um dos tecidos naturais mais utilizados na indústria da moda, a seda tem uma história milenar que literalmente ajudou a tecer as conexões econômicas, culturais e políticas no mundo antigo. No entanto, um material tão precioso, usado em roupas de alta costura, teve como origem um acidente: a queda de uma lagarta do galho de uma amoreira dentro da xícara de chá de uma imperatriz.A descoberta ocorreu por volta do ano 2700 a.C., durante o reinado do chamado Imperador Amarelo (Huang di) na antiga China. Conta a lenda que a esposa do governante supremo, Imperatriz Leizu, tomava chá sob uma amoreira, quando uma lagarta-da-seda caiu dentro de sua xícara.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127747-bichos-da-seda-geneticamente-modificados-produzem-teias-ultrarresistentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bichos-da-seda geneticamente modificados produzem teias ultrarresistentes</a></li></ul>Quando tentou remover o bichinho, a soberana notou um fio brilhante e tênue que se desenrolava da lagarta. Curiosa, Leizu começou a investigar quão longo era o fio, o que a levou longe (cada fibra pode ter até um quilômetro). No final, ela acabou descobrindo como extrair os fios de seda dos casulos dos bichos-da-seda.<h2>A poderosa Rota da Seda</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/06/06121029430101.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>A Rota da Seda durou até o início da Era Moderna. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A princípio, a produção da seda foi um segredo de estado guardado a sete chaves e um privilégio exclusivo da China. Por volta do século 3 a.C., durante a dinastia Han, o conhecimento sobre o cultivo da amoreira e a criação dos bichos-da-seda (sericicultura) era um assunto altamente secreto e quem o revelasse poderia ser punido com a morte.Porém, a seda se tornou em pouco tempo uma das mercadorias mais valiosas da Rota da Seda, caminhos terrestres e marítimos que ligaram o Oriente ao Ocidente de 130 a.C. até o século 15. Logo, usar roupas de seda se tornou um símbolo de status no mundo inteiro.<h2>A poderosa indústria da seda</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/06/06120740771097.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A indústria da seda irá faturar mais de US$ 22 bilhões em 2024. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo um relatório publicado pela empresa de pesquisa Research and Markets, a indústria da seda gerou aproximadamente US$ 22,15 bilhões em 2024 e pode chegar a US$ 35,21 bilhões anuais até 2030. &nbsp;A seda continua sendo um tecido amplamente utilizado na moda e na decoração, graças à sua textura luxuosa e ao seu brilho natural. A fibra natural é empregada mundialmente na confecção de vestidos, lenços, gravatas e roupas íntimas. É usada também como itens de cama sofisticados, como lençóis e fronhas, que protegem a pele durante o sono.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124260-como-sao-feitas-as-sedas-na-industria-textil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como são feitas as sedas na indústria têxtil?</a></li></ul>Na indústria, o uso da seda serve a inúmeros propósitos diferentes, desde a fabricação de paraquedas e linhas de pesca a componentes de instrumentos médicos, como suturas cirúrgicas, graças à sua força e biocompatibilidade.&nbsp;Comumente associado só à lagarta, o bicho-da-seda (Bombyx mori) se torna depois uma mariposa, que vive no máximo dez dias, mas põe entre 200 e 500 ovos.

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Queda de lagarta de um galho dá origem a tecido mais luxuoso do mundo

Estudo verificou como é o processo de absorção de alimentos pelo sistema digestivo.

É provável que você já tenha notado, mas é comum que as pessoas tenham reações diferentes no seu corpo quando ingerem o mesmo alimento. Alguns podem digerir super bem algum tipo de comida, enquanto em outra pessoa ela causa mal-estar.Agora uma novo estudo traz novas informações sobre como as bactérias do intestino influenciam nesse aspecto. Isso tem a ver com os tipos de micro-organismos que temos dentro de nós e com a trajetória percorrida em nosso trato digestivo.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/85287-so-para-quem-tem-estomago-veja-como-e-o-processo-de-digestao-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Veja como é o processo de digestão</a></li></ul><h2>Como o estudo foi feito?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08230208552010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Participantes da pesquisa engoliram cápsulas que coletavam informações. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O experimento, elaborado em 2021, era no mínimo curioso: cinquenta voluntários precisavam engolir uma cápsula um pouco menor que um polegar enquanto tomavam o seu café da manhã. A cápsula então atravessava o estômago, intestino delgado e intestino grosso, órgãos em que coletava informações sobre pH, temperatura e pressão.Em cerca de 12 a 72 horas, a cápsula era excretada nas fezes. Até aí, os pesquisadores já haviam observado que tanto o ambiente intestinal quanto o tempo de viagem pelo intestino variavam de pessoa para pessoa.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122367-6-truques-para-melhorar-sua-digestao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 truques para melhorar sua digestão</a></li></ul>"Podemos ver, por exemplo, que levou 2 horas para a cápsula passar pelo intestino delgado em algumas pessoas e 10 horas em outras", afirmou Henrik Roager, pesquisador e professor do departamento de nutrição, exercícios e esportes da Universidade de Copenhague, que foi o líder do estudo."Como já sabemos que absorvemos a maioria dos nossos nutrientes no intestino delgado, as diferenças no tempo de viagem no intestino delgado provavelmente têm um impacto na quantidade de nutrientes que absorvemos e na quantidade que passa para o intestino grosso, onde as bactérias intestinais entram em ação", acrescentou Roager.Assim, o experimento inovou pelos dados que puderam ser coletados. Antes disso, a atividade no intestino costumava ser examinada por meio de amostras de fezes, que eram comparadas ao que a pessoa havia comido. A cápsula, de outro modo, trazia uma visão mais precisa de como o ambiente muda por todo o intestino.“A cápsula significa que podemos coletar informações que podem ajudar a explicar diferenças individuais na digestão, absorção de nutrientes e padrões de movimento intestinal. Isso nos fornece um conhecimento muito maior do que conseguimos obter anteriormente por meio de padrões alimentares e amostras de fezes”, informou o pesquisador.<h2>O que foi descoberto?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08230139720008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A pesquisa constatou que cada intestino funciona de forma individual. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As descobertas feitas pelo estudo foram surpreendentes. Constatou-se que, na primeira etapa do sistema digestivo, a cápsula e o alimento chegavam primeiro ao estômago, onde registravam um valor de pH muito baixo. Isso acontece porque, no estômago, é liberado um ácido que decompõe o alimento.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o intestino é o nosso segundo cérebro?</a></li></ul>Em seguida, o alimento e a cápsula se moviam para o intestino delgado. Nesse órgão, as células intestinais liberam o bicarbonato alcalino, que neutraliza o ácido estomacal, e é também onde os nutrientes são absorvidos. O restante indigesto do alimento e a cápsula segue para o intestino grosso, onde o alimento é fermentado pelas bactérias intestinais.&nbsp;Neste local, as bactérias intestinais começam a produzir ácidos graxos, que fazem com que o valor do pH caia novamente na primeira parte do cólon. No entanto, o valor do pH começa a aumentar ao longo do comprimento do intestino grosso, assim que os ácidos graxos são absorvidos pela parede do intestino.Isso faz com que a atividade das bactérias intestinais mude, assim como o pH. "Sabemos que o pH é um fator crucial no crescimento e atividade bacteriana, então fez todo o sentido que pudéssemos ver que o ambiente intestinal e o pH estão ligados a diferenças na composição e atividade das bactérias intestinais. Isso significa que as condições ambientais que cada um de nós tem em nosso intestino podem ajudar a explicar por que temos bactérias diferentes no intestino", pontuou Roager.De acordo com o pesquisador, a ideia é que essas constatações sejam úteis para se pensar em aspectos referentes à nutrição. “Nossos resultados mostram que somos todos únicos — também em nosso intestino. Estamos acostumados a presumir que todos digerimos e absorvemos alimentos da mesma forma e na mesma extensão, mas também podemos ver que nem sempre é esse o caso. Nosso estudo fornece mais evidências de que os indivíduos reagem de forma diferente aos alimentos — e aqui as diferenças em nosso ambiente intestinal podem muito bem desempenhar um papel importante", concluiu.&nbsp;

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A mesma comida, reações diferentes: por que nossos corpos respondem de jeitos diversos?

Pesquisas mostram que os cães podem combinar palavras usando botões sonoros para expressar desejos, necessidades e até ideias complexas.

Quando se fala em comunicação animal, os cachorros costumam ser estrelas. Quem nunca viu um cão usando o olhar para pedir comida ou a clássica pata na perna pedindo atenção? Agora, a ciência está descobrindo que eles podem ir além: alguns cães estão literalmente "falando" usando botões sonoros, juntando palavras para expressar desejos e até formular combinações criativas. Parece cena de filme, mas é real e está impressionando pesquisadores e donos ao redor do mundo.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/oxana-malaya-a-menina-abandonada-que-foi-criada-por-cachorros-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oxana Malaya: a menina abandonada que foi "criada por cachorros"</a></li></ul>Um estudo recente analisou 152 cães treinados para usar "soundboards", dispositivos com botões que reproduzem palavras gravadas. Durante 21 meses, os donos registraram quase 195 mil interações dos pets com os botões. O resultado? Muitos dos cães não apenas escolhiam botões de forma deliberada, mas também combinavam dois ou mais para criar mensagens como “comida” + “água” ou “ir lá fora” + “banheiro”. É como se os bichinhos estivessem aprendendo a falar nossa língua, mas com o toque de uma pata.<h2 style="text-align:justify;">Cachorros criativos e objetivos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10194541499267.jpg" alt="Cães surpreendem cientistas ao formar combinações de palavras, como "><figcaption>Cães surpreendem cientistas ao formar combinações de palavras, como "nome" + "quero", revelando uma comunicação mais complexa do que se pensava. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O que mais chamou atenção dos cientistas foi a habilidade dos cães de montar combinações que faziam sentido, como “nome do cão” + “quero” — um pedido bem direto. Federico Rossano, autor do estudo, explicou: “Os cães estão pressionando os botões com propósito, e as combinações não são aleatórias, mas refletem pedidos específicos”. Essa descoberta abriu um debate fascinante sobre a capacidade canina de associar sons e conceitos.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128713-por-que-os-cachorros-abanam-o-rabo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os cachorros abanam o rabo?</a></li></ul>Entre as palavras mais usadas pelos cães estavam “comida”, “petisco” e “ir lá fora” — prioridades bem claras, né? Mas a surpresa veio com combinações mais elaboradas, como “comida” + “água”. Isso mostra que os cães não apenas entendem as funções individuais dos botões, mas conseguem integrá-las para formar novos significados.Embora ainda estejam longe do nível de comunicação de um ser humano, esses avanços sugerem que os cães possuem habilidades cognitivas mais complexas do que se imaginava. Isso poderia mudar a forma como os donos interagem com seus pets, tornando a convivência ainda mais rica e divertida.<h2 style="text-align:justify;">Um futuro promissor para a comunicação canina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10194906564268.jpg" alt="Os cachorros escolheram botões para expressar desejos como “brincar” ou “comer”, mostrando comunicação própria e não apenas imitação humana, dizem pesquisadores."><figcaption>Os cachorros escolheram botões para expressar desejos como “brincar” ou “comer”, mostrando comunicação própria e não apenas imitação humana, dizem pesquisadores.</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores também notaram que os cães não estão simplesmente imitando seus donos. Enquanto os humanos pressionam botões como “eu te amo” com frequência, os cachorros preferem pedidos práticos, como “brincar” ou “comer”. Isso reforça que os cães estão escolhendo palavras de acordo com suas próprias necessidades e não apenas replicando comportamentos humanos.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128088-por-que-os-caes-nao-entendem-quando-apontamos-para-algum-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os cães não entendem quando apontamos para algum lugar?</a></li></ul>Federico Rossano acredita que essa tecnologia tem potencial para transformar a relação entre humanos e cães. Ele sugere que, no futuro, os pets possam até combinar botões para expressar ideias mais abstratas, como falar de objetos ausentes ou experiências passadas. “Se os cães forem capazes disso, isso mudaria completamente a forma como entendemos a inteligência e a comunicação animal”, comentou o pesquisador.Por enquanto, os donos estão se divertindo e aprendendo mais sobre os pensamentos e desejos de seus companheiros peludos. Com o tempo, quem sabe até onde esses botões poderão levar a conversa entre humanos e seus melhores amigos?

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Cachorros aprendem a "conversar" e surpreendem cientistas

Animais selvagens, os golfinhos vivem nos oceanos, não são domesticáveis, pertencem à natureza e não devem ser criados por humanos. 

Sempre nos encantamos quando vemos golfinhos em algum documentário ou mesmo em um aquário. Sorridentes, esses mamíferos são geralmente vistos como inteligentes, sociais e amigáveis. No entanto, como fazem parte da cadeia alimentar, são predadores de peixes, lulas e outros animais marinhos. Mas seres humanos, com certeza, não fazem parte de sua dieta.Por isso esse caso, ocorrido há 30 anos na praia Martim de Sá, em Caraguatatuba (SP), é tão triste e trágico. O protagonista, Tião, era um golfinho curioso, que ficou famoso na época, quando adotou a cidade como seu habitat compartilhado com os humanos. Ele interagia diariamente com os moradores e turistas, e costumava dar um passeio até o píer da vizinha São Sebastião.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120013-5-fatos-que-mostram-o-lado-sombrio-dos-golfinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos que mostram o lado sombrio dos golfinhos</a></li></ul>Tião era um cetáceo parecido com o icônico Flipper, da antiga série de TV, chamado golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Com idade entre 15 a 18 anos, ele tinha 2,60 metros de comprimento, pesava 200 quilos, era macho e da cor cinza.<h2>A tragédia do golfinho Tião</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/11/11192754335004.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Agredido pelos turistas, o golfinho se defendeu. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com sua disponibilidade para interagir com seres humanos, Tião logo se tornou o centro de atenções da praia, cercado por banhistas que tentavam pegar uma carona em suas costas ou se agarrar em sua barbatana dorsal, segundo a BBC. &nbsp;Mas alguns curiosos acabaram exagerando na intimidade com o bicho, chegando ao ponto de introduzir palitos no seu espiráculo (respirador).Enfurecido, o animal feriu entre 27 a 29 pessoas, o que levou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a colocar boias, para isolar o animal dos banhistas.No entanto, na tarde do dia 8 de dezembro de 1994, dois homens, João Paulo Moreira de 30 anos e Wilson Regis Pedroso, de 41, resolveram "brincar" com o golfinho. Numa das tentativas para montá-lo, segundo o diretor do Ibama, José Luiz Roma, o bicho os atacou para se defender. Wilson teve uma das costelas quebradas e João Paulo faleceu em decorrência de uma hemorragia interna, segundo a Folha de S. Paulo.<h2>O que aconteceu com o golfinho?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12081903065000.jpg" alt="Depois do acidente, Tião deixou a praia de Caraguatatuba espontaneamente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Depois do acidente, Tião deixou a praia de Caraguatatuba espontaneamente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O acidente de Caraguatatuba repercutiu mundialmente não só pelo fato de a morte de um turista por um golfinho ser um evento raríssimo, mas também pela imagem universal desses cetáceos, de serem amigáveis com os seres humanos.&nbsp;Até mesmo golfinhos maiores e aparentemente agressivos, como as orcas (erroneamente chamados de baleias), não têm histórico de agressões a seres humanos.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/orcas-nao-pertencem-a-uma-unica-especie-revela-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Orcas não pertencem a uma única espécie, revela estudo</a></li></ul>Segundo a BBC, a morte do turista desencadeou também um programa de gerenciamento para evitar mais ferimentos ou fatalidades. O objetivo foi conscientizar a população sobre os riscos de interações prejudiciais (leia-se provocações a animais selvagens), com consequências graves para ambas as espécies.&nbsp;Com o estigma imerecido de "assassino", Tião deixou espontaneamente o balneário, e nunca mais foi visto.

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Conheça Tião, o "golfinho assassino" de Caraguatatuba

Estudiosos afirmam que os gatos podem usar o próprio rabo para expressar suas emoções.

Quem tem um gatinho em casa sabe bem que eles movem a cauda de várias maneiras, que vão desde tremer em uma posição ereta, balançar de um lado para o outro, até relar o rabo próximo ao chão. Mas além de usar essa parte do corpo para manter o equilíbrio e controlar os movimentos, será que eles também a usam para comunicar algo? E o quê?A verdade é que especialistas em gatos concordam que os bichanos usam o rabo dentro de um sistema amplo de linguagem corporal, e o usam para comunicar uma gama de emoções. Os gatos podem “falar” o que sentem utilizando seus olhos, ouvidos, corpo e cauda.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos confirmando que seu gato é, de fato, estranho</a></li></ul><h2>A comunicação dos gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/16/16195036296240.jpg" alt="Seu gatinho tem uma cauda cheia de ossinhos e altamente flexível. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Seu gatinho tem uma cauda cheia de ossinhos e altamente flexível. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com uma pesquisa publicada no Irish Veterinary Journal, os gatos têm mecanismos diferentes para conseguir expressar emoções como medo, raiva, alegria, satisfação e curiosidade. E uma das maneiras pelas quais fazem isso é justamente utilizando o próprio rabo.Vale lembrar que a cauda de um gato é um órgão complexo que se destaca pela flexibilidade. Ela possui de 18 a 23 ossos pequenos, conhecidos como vértebras caudais, que se interligam como se formassem uma corrente, o que permite que o rabo se mova em muitas direções.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118759-15-fatos-curiosos-sobre-os-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15 fatos curiosos sobre os gatos</a></li></ul>Assim que o gato experimenta uma emoção, seu cérebro envia sinais para os músculos da cauda através do nervo que os conecta com o sistema nervoso central. "Essa comunicação ocorre quase instantaneamente, permitindo que os gatos movam suas caudas com a velocidade e a precisão da luz", afirma Reda Mohamed, pesquisadora em anatomia animal na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Washington, em entrevista ao Live Science.<h2>Todos os gatos usam a cauda para se comunicar?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/16/16195147952241.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A comunicação não funciona da mesma forma para todos os tipos de gatos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No entanto, vale lembrar que outros estudos sugeriram que esse uso da cauda não é universal a todos os tipos de gatos. Um estudo de doutorado que teve como tema a comunicação em gatos domésticos e selvagens trouxe algumas novidades dentro deste tema.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116769-conheca-o-gato-que-superou-tres-naufragios-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o gato que superou três naufrágios na Segunda Guerra Mundial</a></li></ul>O pesquisador constatou que, embora os gatos selvagens exibissem a maior parte dos mesmos comportamentos sociais dos gatos domésticos, eles eram diferentes em alguns sentidos. Por exemplo, os gatos selvagens não usavam o sinal de "cauda para cima" que é frequentemente visto em gatos domésticos quando estão participando de interações amigáveis.&nbsp;Essa constatação sugere que provavelmente o sinal de "cauda para cima" foi desenvolvido durante o processo de domesticação dos gatos. Agora, os pesquisadores seguem com suas pesquisas para entender melhor a comunicação dos felinos como um todo.&nbsp;

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O que o seu gato comunica usando sua cauda?

Primeira dissecação da baleia mais rara do mundo revelou detalhes inesperados.

Imagine uma baleia tão rara que nunca foi vista viva. Parece coisa de filme, mas é real. A baleia-de-dentes-de-espada (Mesoplodon traversii), também chamada de baleia-bicuda-de-bahamonde, é a mais misteriosa das baleias-de-bico.Até agora, apenas seis espécimes haviam sido confirmados no mundo todo, mas nenhum estudo aprofundado tinha sido feito... até uma delas aparecer morta na costa da Nova Zelândia.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/corpo-de-baleia-mais-rara-do-mundo-e-encontrado-em-praia-da-nova-zelandia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corpo de baleia mais rara do mundo é encontrado em praia da Nova Zelândia</a></li></ul>Esse encontro inesperado virou uma oportunidade de ouro para cientistas realizarem a primeira dissecação dessa espécie.<h2>A anatomia que surpreendeu até os cientistas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17235211368010.jpg" alt="Corpo da baleia encontrado na Nova Zelândia. (Fonte: Te Papa Atawhai Department of Conservation/Reprodução)"><figcaption>Corpo da baleia encontrado na Nova Zelândia. (Fonte: Te Papa Atawhai Department of Conservation/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Vamos começar com as grandes revelações. Quando a equipe começou a dissecação, encontrou algo inusitado: dentes vestigiais na mandíbula superior da baleia.Esses pequenos dentes, que hoje não têm função alguma, são como um “resquício” evolutivo, uma lembrança de tempos em que serviam para alguma coisa. É como se a evolução tivesse deixado de lado uma ferramenta que a espécie simplesmente não precisava mais.E não parou por aí. Outro achado impressionante foi seu sistema digestivo. Enquanto nós, humanos, nos viramos com um único estômago, essa gigante do mar possui nove câmaras estomacais!Cada compartimento parece desempenhar um papel específico na digestão de suas refeições favoritas: lulas. Durante o exame, foram encontrados bicos e lentes oculares desses cefalópodes, além de vermes parasitas, que ainda serão estudados mais a fundo.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42101-8-fatos-estranhos-e-surpreendentes-sobre-as-baleias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 fatos estranhos e surpreendentes sobre as baleias</a></li></ul><h2>Conhecimento ancestral e ciência caminhando lado a lado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17235515926011.jpg" alt="Os jovens Maori da subtribo Ngai Tahu lideraram atividades do projeto. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os jovens Maori da subtribo Ngai Tahu lideraram atividades do projeto. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um dos aspectos mais especiais dessa história foi a colaboração entre cientistas e o povo Maori. Para os membros da subtribo Ngai Tahu, a baleia é um tesouro cultural.Sob a orientação de especialistas indígenas e cientistas, os jovens Maori ajudaram na coleta de dados e no monitoramento das baleias. Essa colaboração reforça a importância de respeitar tanto a ciência quanto as tradições culturais.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-crencas-incriveis-de-culturas-indigenas-pelo-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 crenças incríveis de culturas indígenas pelo mundo!</a></li></ul>A baleia foi carinhosamente batizada de Onumia, nome que honra a região onde foi encontrada, em um gesto que resgata a conexão com a natureza e reafirma a importância de proteger esses gigantes misteriosos dos mares.A morte de um animal tão raro é sempre um momento triste, mas o legado deixado por ele pode mudar o futuro da espécie. A descoberta de características como os dentes vestigiais e os nove estômagos abre portas para entender melhor a evolução e os hábitos das baleias-de-dentes-de-espada.Com essas informações preciosas, esperamos estar mais preparados para proteger as baleias- de-bico e garantir que outras espécies misteriosas tenham um futuro mais promissor nos oceanos.

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